segunda-feira, 28 de maio de 2007

Tá no blog do professor PC

Juliana Rodrigues

Google lança lista das cem buscas mais populares
O site Google lançou uma ferramenta que mostra os cem assuntos ou sites mais procurados.


A lista, parte do serviço de tendências do Google, será atualizada várias vezes ao dia usando informações de milhões de buscas, segundo a empresa. Pedidos de buscas sobre pornografia, clima e páginas populares como MySpace.com, além de celebridades, não serão incluídos. Ao invés disso o Hot Trends vai fornecer uma visão do que está interessando os internautas diariamente. O serviço junta elementos do Zeitgeist e Trends - dois produtos que já existiam e que revelam dados baseados apenas em informações da semana anterior.

Músicas
"Existem eventos ocorrendo o tempo todo que a maioria de nós não tem conhecimento" disse o engenheiro de software Amit Patel. Nos Estados Unidos, entre as buscas mais populares desta sexta-feira estava o filme Piratas do Caribe - No Fim do Mundo. Depois de uma atualização no Hot Trends, apareceram tópicos menos óbvios como "macacos com bolsas nas bochechas" em sétimo lugar ou, em primeiro lugar, "o autor mais estranho". Ao clicar nos assuntos de buscas mais populares, o usuário recebe gráficos e uma lista de blogs, notícias relacionadas e páginas de internet com o assunto.O Google também informou que muitas buscas são feitas em vésperas de grandes exames escolares e podem ser feitas por estudantes do ensino médio com dúvidas de última hora. Segundo Amit Patel a lista deve atender pesquisadores da internet e jornalistas que procuram por boas idéias. "É muito divertido e vicia", disse.


Fonte: BBC Brasil
http://blogdoprofessorpc.blogspot.com/2007/05/google-sempre-notcia.html

terça-feira, 22 de maio de 2007

Google vai censurar resultados de buscas na Coréia do Sul

Juliana Rodrigues


Sistema de verificação de idade vai restringir acesso de conteúdo adulto para pessoas com 19 anos ou mais em país asiático.
O Google vai acrescentar um sistema de verificação de idade na Coréia do Sul até o final deste ano para que resultados de buscas com conteúdos adultos sejam acessados apenas por quem tem 19 anos ou mais.
Os usuários terão que verificar a idade quando realizarem pesquisas na internet por um grupo de aproximadamente 700 palavras que os juízes coreanos julgaram relacionadas a conteúdos adultos.
Os coreanos terão que informar o nome e o número nacional de registro de residente, que será checado em um banco de dados para verificar se o usuário, ao menos a pessoa que informou aqueles dados, tem idade para acessar o conteúdo.
O sistema vai ser integrado com uma versão adaptada do SafeSearch, que é usado pelo Google em países de língua inglesa para entender determinados contextos das consultas.A censura deve começar a partir de 1º de setembro.
Sistemas similares são usados pelos principais portais de buscas da Coréia.

Por Martyn Williams, editor do IDG News Service em Tóquio, em 17/05/2007. http://pcworld.uol.com.br/noticias/2007/05/17/idgnoticia.2007-05-17.7653463462

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Blog X Jornalismo

Rebeca Montenegro

O grupo do blog "mídia alternativa" postou uma matéria interessante, relacionando o papel do blog de hoje com o papel do jornalismo - Blog x Jornalismo : O que vem por aí?

No post, assistam ao documentário ficção "EPIC 2014", clicando na foto do criador da world wide web - Tim Berners-Lee.
O vídeo mostra, entre outras coisas, que o Google está entre as três grandes empresas que assumem o comando das informações, passando a manipular o universo virtual da notícia.

Vale a pena conferir: http://midiaalternativabypc.blogspot.com/2007/05/blog-x-jornalismo-o-que-vem-por.html

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Tá no blog do PC

Rebeca Montenegro
Eu odeio vírus!

Um em cada 10 sites no Google põe PC em risco.
Uma em cada dez páginas de sites na internet, analisadas em um estudo realizado pelo Google, contém códigos que podem infectar computadores.
Pesquisadores da empresa fizeram uma análise detalhada de 4,5 milhões de páginas na internet intitulada The Ghost in the Browser
(O Fantasma no Browser).

Desse total, 450 mil páginas tinham a capacidade de abrir no computador do usuário sites que instalam programas sem o consentimento do internauta. A instalação automática de programas sem o consentimento do usuário é uma maneira cada vez mais comum de infectar um computador com vírus ou roubar informações confidenciais. Para enfrentar o problema, os pesquisadores anunciaram que a empresa lançou um projeto que vai identificar todas as páginas da internet que possam apresentar riscos do tipo.

De acordo com a equipe de pesquisadores, o usuário é atraído para links que prometem acesso a páginas "interessantes" com material pornográfico ou programas de computador protegidos por direitos autorais, por exemplo. A maioria aproveita brechas de segurança no programa de navegação na internet da Microsoft, o Explorer, para se auto-instalar. Alguns desses programas instalam barras de ferramentas no computador do usuário ou mudam a lista de sites favoritos. Em outros casos, no entanto, o dano é mais grave, e senhas ou outras informações confidenciais são roubadas.

O estudo também concluiu que é possível "seqüestrar" servidores, assumindo o controle e, posteriormente, "infectando" todos os sites ali baseados. Em um teste, o computador dos pesquisadores foi "infectado" por 50 diferentes programas após visitar uma página controlada por um servidor "seqüestrado".

O Google, a ferramenta de busca mais acessada na Internet, já tenta alertar usuários sobre o problema, exibindo, ao listar certos sites, a mensagem: "este site por prejudicar seu computador".

http://blogdopcguima.blogspot.com/2007/05/eu-odeio-vrus.html

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Mais uma ou duas dicas de pesquisa

Rebeca Montenegro

"Será que tem tanta gente assim que não faz a mínima idéia de como usar o Google para realmente achar o que procura?
Olha só como esse gugonauta-descontrolado chegou aqui no BdA:
video da cena da casa das sete mulheres em que a personagem de Samara Felipo se entreg
Exatamente dessa forma... sem aspas, sem palavras-chave, sem uma ajudinha sequer para o incompreendido Google! Reparem que a pesquisa foi cortado no meio... Ele excedeu o limite máximo de caracteres!!! Quem sabe até aonde iria essa frase? Isso sem contar que ainda escreveu o nome da pseudo-atriz errado! Todo espectador-de-programas-vespertinos-de-televisão sabe que o correto é Samara Felippo! Com dois P! (...) Ah... assim não tem Santo que ajude..."

O texto acima está no blog Bicho de Asfalto , aqui reproduzido porque é de fato um espanto que alguém espere ter sucesso com uma proposição de busca tão descabelada... O Google ainda não tira leite de pedra
Umas das mais garantidas formas de obtenção de resultados precisos no Google é apresentar uma frase inteira. Entre na página principal do Google , e digite "Olha só como esse gugonauta-descontrolado chegou aqui no BdA", assim mesmo, entre aspas. Virá um resultado: o blog Bicho de Asfalto.
Mas qual a utilidade de tal recurso? Suponhamos que você queira reproduzir uma frase bonita que leu em Clarice Lispector, mas não lembra em que livro e só reteve um trecho. Digamos: "Terei que correr o sagrado risco do acaso". Você digita esse trecho, sempre entre aspas, no campo do Google. E pronto: virá um resultado, o blog Vida em Rascunho, de Beatriz Rinaldi. Para encontrar a frase na página, que os blogs são compridos, tecle Ctrl + F e digite "sagrado": a busca do seu navegador leva diretamente ao que procuramos – "Terei que correr o sagrado risco do acaso. E substituirei o destino pela probabilidade". Além da informação de que a frase está em A paixão segundo G.H..
Nesta edição do Observatório um leitor confessa temer que tão poderosa ferramenta de busca estimule nos jovens a tentação do copiar e colar. Pois o Google também é amigo do professor: basta escolher uma frase "suspeita" no trabalho escolar. Se houver, o plágio será facilmente identificado – o que, no fim das contas, resulta em lucro para o próprio estudante, mesmo que ele passe a considerar o Google um bom "amigo da onça".

Recursos eficazes
1) Você fez uma busca que retornou um resultado apenas. Quando abre a página, frustração: fora do ar. Não se desespere: clique no link "Em cache", e será possível ver a página no momento em que foi indexada pelo Google. Sua busca estará salva se a informação que você procura não estiver na página atual, indisponível.
2) Você chega a uma página muito interessante, e gostaria de conhecer os demais locais do sítio, mas um webmaster descuidado não deixou link para a "home", a página principal. Na barra de endereço, vá cortando, da direita para a esquerda, os estágios separados por barras <.../link 1/link 2/link 3/...>. Esse truque não serve apenas para o Google, claro, mas com certeza permite que se achem dados extras na pesquisa.
3) Nesta página é possível abraçar de vez o amigo Google, instalando sua barra de ferramentas no navegador, para ter bem à mão os botões "Buscar Web", "Buscar neste Site", Busca Direta" e Buscar Imagens" – além do botão "Google", que dá acesso a todos os recursos da barra. É facílima de instalar, mas é bom ler a FAQ (perguntas e respostas mais freqüentes) do sistema.
4) Por mais que a busca avançada seja "equipada" para resultados precisos, há bons recursos na busca simples do Google: além do botão principal [Pesquisa Google], há um importante botão de busca direta da página, chamado "Estou com sorte". Sabendo-se o nome exato de uma empresa, por exemplo, clicando neste botão chega-se ao sítio desejado (isto é, se a página for bem construída, com seu metaname (o nome que os motores de busca "lêem") bem posicionado e em linguagem correta (daí a necessidade da sorte!). Os demais recursos são:
** Buscar em toda a web;
** Buscar imagens (também com pesquisa avançada);
** Buscar grupos de discussão da Usenet;
** Buscar categorias no Diretório do Google, para pesquisa ao estilo Yahoo!
Nesta página ainda há outros links importantes: para a busca avançada, para a ferramenta de idiomas (ideal para a tradução de pequenos trechos) e, principalmente, para as Preferências.
5) Nas preferências, desmarque a bolinha "Pesquisar páginas da Web escritas em qualquer idioma (Recomendado)". É uma recomendação inútil para quem está atrás apenas de textos: de que adianta chegar a páginas em croata ou islandês, se você só lê inglês, francês, espanhol ou italiano? Marque a bolinha "Pesquisar somente nos idiomas selecionados", e escolha os de sua intimidade. Quando estiver buscando fotos ou imagens, volte à configuração original: você pode achar o logo que procura numa TV árabe! Nesta página você também pode optar por "Abrir uma nova janela para os resultados da pesquisa", que facilita a volta às primeiras páginas de resultados.
Com essas instruções mais do que simples será difícil alguém falhar numa busca. Mas isso acontece – por exemplo, com aquele fã doidinho de Casa das Sete Mulheres. Mesmo "com dois P!" não foi possível, infelizmente, achar um improvável vídeo da cena em que "a personagem de Samara Felippo se entreg..."! Até "São Google" tem limites.

Por Marinilda Carvalho, Observatório da Imprensa

Fraude do clique

Juliana Rodrigues

Recentemente, o Google tem enfrentado um problema que tem assustado um pouco seus investidores. Vou falar um pouco do problema e explicar como ele funciona e porque não se deve preocupar tanto com isso.
Sobre a fraude do clique no Google. Como funciona:
Você cria um website falando sobre qualquer coisa. Cadastra no Google Ad-words e poe os Ads (anúncios do Google) no seu site. Então, a partir desses banners do Google, você gera cliques falsos, fingindo ser um visitante seu clicando, para ganhar dinheiro.
Maneiras que você poderia tentar para burlar e porque elas não funcionam:
1. Clicar várias vezes nos links:Toda conexão com a internet possui um chave fixa chamada "ip". O ip é o que garante que você é você. Esse endereço te denunciará caso você clique excessivamente nos banners. Isso é fácil de detectar.
2. Usar proxyAi você pensa: vou usar um proxy. Mas será que isso adianta? O proxy que você usa também tem um ip. Vários cliques por esse ip também te denunciarão.
3. Clicando todo dia ou pedindo cliques a amigosBom, dessa maneira você vai me falar que não tem como o Google detectar. Mas ai que eu digo: tem. Existem várias maneiras de se burlar um sistema, mas tudo que a gente faz a gente usa um padrão. É difícil imitar automaticamente vários padrões de comportamento, assim como é difícil esconder sua personalidade por muito tempo.Do mesmo modo, assim que você começar a clicar sempre nos links, rapidamente você -e quem mais tiver te ajudando- será descoberto.Ele descobrirá que você sempre clica e ninguém mais.
Mas, por quê?
Porque quando fazemos as coisas nunca a fazemos do mesmo modo. Ainda mais quando se estuda uma população grande. Ela tem comportamento aleatório, muito variável. Num mês você pode ter 100 visitas de uma pessoa e no outro 0. Não da pra saber só por estatística que essa pessoa te visitará sempre algo em torno de 100 visitas/mês, porque existem variáveis demais nas nossas vidas.
Um site com 3mil visitas únicas mês (100 por dia, em média), que é um número relativamente baixo, geraria uma combinação tão ampla de cliques nos banners durante o período de um mês, que precisaríamos dos mesmos 3mil para reproduzir algo parecido. E isso é a base desse sistema eficiente, responsável por 99% do lucro do Google.
Desse mesmo modo, existem 'n' maneiras de se saber quando alguém esta burlando algo. É claro que sempre vão existir os mais espertos, que sempre conseguem tirar uma pontinha de vantagem, mas fora esses raros casos, você será pego.
Então, assim que você e seus amigos passarem a clicar sempre, o sistema irá desconfiar e irá cancelar sua conta. É só ler os termos para ver. E, apesar de mais de 50% do lucro dos anúncios irem para o site que os abriga (seu site), o Google tem um sistema seguro o suficiente para garantir que cliques falsos não sejam gerados.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0204200617.htm

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Microsoft quer comprar Yahoo para desbancar Google

Juliana Rodrigues

A Microsoft intensificou sua busca por um acordo para comprar o Yahoo Inc., informaram o New York Post e o Wall Street Journal na sexta-feira, à medida que as duas empresas retomaram converações em meio ao forte crescimento do rival Google.As ações da Yahoo saltaram 14,6%, para US$ 32,20 no pregão eletrônico da sexta-feira, enquanto os papéis da Microsoft caíam 1,4%, para US$ 30,53.As duas companhias mantiveram conversas informais nos últimos anos. Mas a aproximação mais recente vem em um momento em que a Microsoft tenta alcançar um acordo para fazer frente à expansão do Google.Tem sido falado por um longo tempo, desde que o Google apareceu no cenário. Não posso imaginar um acordo mais perfeito", disse Peter Lobravico, vice-presidente de arbitragem de risco da corretora Wall Street Access.

Site Terra, Fonte: Reuters em 04/05/2007

A internet ficou pequena

Rebeca Montenegro

O presidente mundial do Google diz que a web não é mais suficiente para manter o crescimento da empresa. E prepara novos produtos para TV, rádio e celularEduardo VieiraQuando o americano Eric Schmidt assumiu a presidência do Google, em 2001, o site não passava de um sistema de buscas no meio de tantos outros na internet. Hoje, além de ser considerado a empresa mais inovadora e valiosa do mundo, cotada em US$ 147 bilhões na Bolsa de Nova York, o Google tornou-se um fenômeno cultural. Grande parte desse sucesso se deve a Schmidt, de 51 anos, que foi convidado pelos fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, para profissionalizar o comando. Em sua gestão, o faturamento da empresa passou de US$ 439 milhões para US$ 10,6 bilhões, um aumento de 2.300%. O lucro saltou de US$ 99,6 milhões para US$ 3 bilhões. Mas, à medida que a empresa fica maior, seu ritmo de crescimento diminui. De 2004 para 2005, o Google cresceu 400%. De 2005 para 2006, cresceu 73%. Para Schmidt, isso significa que é preciso inventar algo. Nem que, para isso, o Google tenha de buscar alternativas fora da internet. "Vamos procurar novas oportunidades para crescer, onde quer que elas estejam", disse Schmidt a ÉPOCA durante uma visita ao escritório brasileiro do Google, em São Paulo.

SOBRE ERIC SCHMIDT:
O QUE ESTUDOU?
Formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Princeton, é ph.D. em Ciência da Computação pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos
O QUE FEZ?
Trabalhou na Xerox, na Lucent e chefiou os Laboratórios Bell. Foi diretor de tecnologia da Sun Microsystems e da Novell. Foi convidado para presidir o Google em 2001. É o 116º homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 6,2 bilhões

ÉPOCA - Nenhuma empresa cresce tanto quanto o Google. Qual é o segredo?
Eric Schmidt - Não tenho uma boa resposta para essa pergunta. Nosso crescimento foi uma surpresa para todos. Acho que nos tornamos um fenômeno por causa de nossa missão, de levar todo tipo de informação para todos. Crescemos junto com o uso da tecnologia. Há cada vez mais pessoas usando internet, banda larga e celulares. Não só nos Estados Unidos, mas em todo lugar. O Brasil, por exemplo, é o país que mais cresce para o Google no mundo. Nossa missão é continuar a crescer e oferecer novos serviços ao público.
ÉPOCA - Alguns analistas afirmam que o Google é festejado demais. Que vive numa bolha prestes a estourar. O que o senhor diz sobre essa avaliação?
Schmidt - Acho que o Google tem um desafio grande de administrar seu sucesso e continuar a crescer. Nós nunca fomos perfeitos. Não somos perfeitos. Nem seremos. Cometemos erros. O que fazemos melhor que os outros, talvez, é corrigir nossos erros tão rapidamente que quase ninguém percebe. Portanto, a resposta é não. Não há uma bolha. Não acho que o Google seja festejado demais. Teríamos um problema sério se usássemos nosso poder para tratar mal os usuários. Mas não fazemos isso. Se mantivermos a capacidade de respeitar e tratar bem os internautas, oferecendo serviços relevantes, vamos continuar fazendo sucesso.
ÉPOCA - O senhor disse que o Google comete erros. Qual foi o maior deles?
Schmidt - Somos criticados por tudo. Mas nosso maior erro foi nos mover de forma vagarosa em algumas áreas em que poderíamos ter ido mais rápido. Não direi quais, obviamente. No resto do tempo, cometemos erros pontuais, comuns a qualquer empresa. Há algumas semanas, por exemplo, cometemos um na China (o Google admitiu que plagiou um programa usado pelo site Sohu.com, seu maior concorrente naquele país). Pedimos desculpas aos usuários.
ÉPOCA - O Google é muito criticado por depender de um único modelo de negócios, baseado totalmente em publicidade on-line. É um ponto fraco da empresa?
Schmidt - A propaganda on-line representa 97% ou 98% de nossas receitas. Não podemos abandonar uma fonte tão grande quanto essa, que nos rendeu US$ 10 bilhões no ano passado. Mas sempre pensamos em alternativas.
ÉPOCA - Quais?
Schmidt - A primeira é o Google Apps, um serviço que oferece software na internet para empresas. Ele está indo muito bem e poderá representar uma grande fonte de receitas para nós no futuro. Além disso, estamos estudando formas de ganhar dinheiro com anúncios em outras mídias, como o rádio e a TV. Já temos pilotos nos Estados Unidos. Tentamos lançar produtos que tinham a ver com mídia impressa no passado. Erramos e mudamos. Agora vamos tentar de novo. Essa é nossa filosofia. Se um produto não dá certo, mudamos e tentamos consertar os erros. Em outras empresas, se uma pessoa comete um erro, ela é demitida. No Google, ela tenta de novo. Ainda estamos aprendendo como nosso modelo de negócios funciona fora da internet. Estamos trabalhando. Também acompanhamos de perto o crescimento do mercado de celulares.
ÉPOCA - Muito se fala sobre a criação de um celular do Google. É verdade?
Schmidt - Se você fizer uma busca no Google sobre o GooglePhone, verá que as pessoas estão muito confusas sobre o que nós faremos em relação a esse assunto. A razão para isso é que ainda não temos nada para anunciar. A resposta a sua pergunta é sim, pode ser que sim. E não, pode ser que não. Não falamos sobre produtos que ainda não foram lançados.
ÉPOCA - Como o Google está acompanhando o mercado de celulares?
Schmidt - Sabemos que ele é bem maior que o de computadores. Os PCs passam por um momento de crescimento espantoso no mundo todo, mas eles não são a tecnologia que mais cresce. Há 2 bilhões de usuários de celulares no mundo, contra 1,2 bilhão de usuários de internet. Nos próximos três ou quatro anos, teremos 3 bilhões de celulares em circulação. A internet ficou pequena perto dos telefones móveis. Acreditamos que grande parte dos acessos à web, no futuro, vai acontecer pelos telefones móveis. Estamos trabalhando para essa realidade. Uma aplicação óbvia é agregar nosso serviço de mapas, o Google Maps, aos celulares que têm GPS. É um caminho.
ÉPOCA - Qual será a estratégia do Google para manter o ritmo de inovação com operações tão diversificadas?
Schmidt - O segredo é dar autonomia às áreas de negócio. Um grande exemplo disso é o YouTube. Os fundadores do negócio, Steve Chen e Chad Hurley, continuam tocando a empresa sozinhos. Às vezes concordo com eles, outras vezes não. Eles são funcionários do Google, subordinados a mim. Mas eles entendem mais do YouTube que eu. Ter funcionários com autonomia para investir no que acreditam faz a diferença para os negócios do Google.
ÉPOCA - Até quando vai durar a lua-de-mel dos internautas com o Google?
Schmidt - Espero que para sempre. Cerca de 380 milhões de pessoas usam o Google todos os meses. Enquanto resolvermos os problemas desses usuários e criarmos novos produtos e serviços interessantes, seremos vistos como inovadores, jovens e valiosos. Meu desafio é manter esse status. Se perdermos a capacidade constante de transformação que nós temos, a lua-de-mel terá chegado ao fim.

Por Eduardo Vieira em 30/04/2007, Revista Época

Quer saber como obter sucesso? O Google dá a dica

Rebeca Montenegro

- Conexões - humano, computador, biologia - tudo é vida = rede

- Nunca comprometa seus ideais por que alguém diz que é impossível, estúpido ou perda de tempo.

- Dê o foco em mudar o mundo, jamais tenha como objetivo dinheiro. Se você servir valor, o dinheiro virá.

- Tenha uma visão saudável do impossível. Se alguém nunca fez algo nesse sentido, isso não significa ser impossível.

- Dinheiro é um problema, não uma solução. Dinheiro não consegue criar soluções, mas soluções conseguem solucionar problemas financeiros.

- Valorize a criatividade, nunca dinheiro. O futuro da sua empresa está na visão criativa, ou sua empresa nunca crescerá.

- Siga sua intuição. Não acredite na visão de outras pessoas para você, acredite apenas na sua visão.

- Velocidade é muito importante do que aparência. Um carro bonito não é tão impressionante quando é ultrapassado por um carro antigo, isso também pode ser aplicado a software.

- Crescimento orgânico é melhor. Somente cresça o quanto precisa, não gaste dinheiro em publicidade num produto que você não deixaria sua mãe usar.

- Tenha foco nos usuários, jamais faça algo que possa irritar os usuários com o intuito de fazer dinheiro, eles nunca esquecerão.

- Não quebre a confiança dos usuários, ou de ninguém.

- Gaste 20% do seu tempo livre em idéias sem se preocupar como se tornarão parte de um projeto. Se você pode fazer o mundo melhor, isso precisa ser feito, mesmo que não tenha retorno financeiro.

- Não faça inimizade com competidores no mesmo ramo. Tenha seus próprios valores e missão.- Tenha seu próprio caminho para o sucesso.

Mensagens retiradas do livro The Google Story que relata a história de sucesso do Google.

Google quer dominar a internet. Será que dá?

Pedro Cruz

Em um cenário hipotético no qual os serviços de internet são vendidos em supermercados, pode-se dizer que o Google é a maior das redes varejistas. Suas prateleiras têm ferramentas on-line de busca, de e-mail, de comunicação instantânea, de vídeos, de planilhas, de texto, de edição de imagens, de mapas, de notícias e de rede social, para citar alguns exemplos. Mas, assim como acontece nas lojas, os usuários dessas soluções não podem simplesmente escolher produtos e levá-los sem pagar. O preço, talvez caro demais para alguns, é a privacidade.
“O Google sabe mais sobre você do que você sobre ele. Se tiver um segredo, não o digite na ferramenta de buscas, no Gmail ou no Orkut”, disse ao G1 David Vise, autor do livro “The Google Story” (“A História do Google”, ainda não disponível em português). Se a empresa não cobra diretamente por aquilo que oferece, tem uma base de dados com informações que garante a eficácia da venda de anúncios -- de longe, a principal fonte de renda da empresa. Por isso, é essencial que a organização aumente sempre sua base de usuários e o tempo de navegação dos internautas: quanto mais essas pessoas clicam em anúncios, mas a empresa lucra. E haja clique: em 2006, a receita ficou em US$ 10,6 bilhões.
Ao identificar o conteúdo das mensagens de e-mail, dos vídeos, das buscas e de outras ferramentas que indicam as preferências dos usuários, o Google cria um valiosíssimo banco de dados para empresas em busca de novos clientes. Sabendo que poderão atingir diretamente seu público-alvo, as companhias investem na divulgação dos sites que aparecem próximos aos resultados das buscas e também associados a outros serviços do Google (receba um convite para um lanche com os amigos via Gmail e, na seção “links patrocinados”, você verá anúncios sobre comida). Toda vez que o usuário clicar na página sugerida, o anunciante paga ao Google uma quantia variável -- é possível escolher, por exemplo, quando investir em cada clique. Sendo assim, a companhia precisa conhecer os internautas, saber do que eles gostam e, para isso, nada melhor do que integrar diversos serviços acessados por um único perfil. Qualquer semelhança dessa filosofia com a conta do Google, utilizada para acessar o Gmail, Google Talk, Orkut e Blogger, não é mera coincidência. Assim como, não por acaso, o comunicador instantâneo do gigante das buscas está disponível em seu webmail, os vídeos do YouTube podem ser acessados pela rede social Orkut. “Essa integração potencializa o uso das ferramentas da empresa, já que mais de 90% dos usuários brasileiros do YouTube usam também o Orkut. Esses quase 10% não acessam a página de vídeos são alvos fáceis para a conversão, pois o perfil dos usuários dos dois serviços é muito similar. E esse é um ponto interessante: provavelmente, os maiores serviços darão força àqueles que têm menos audiência”, afirmou Alexandre Magalhães, analista de internet do Ibope//NetRatings. “Do ponto de vista do usuário, essa convergência é positiva, porque permite visitar diferentes páginas com menos cliques”, continuou.
Força
A empresa -- sinônimo de internet para muitos -- ganhou popularidade por colocar no topo da página de resultados de buscas os sites consideradas relevantes para o usuário. Mas desde que o Google foi criado em 1998, como resultado de um projeto acadêmico de Sergey Brin e Larry Page, seu foco deixou de ser unicamente as buscas para tornar-se serviços da internet. “A IBM definiu a era do mainframe [computador de grande porte]. A Microsoft dominou a era do PC. E, hoje, o Google é o maior ícone da era da internet”, disse Vise.
“Atualmente, a companhia representa a maior força da internet. No entanto, nem tudo o que ela faz decola, como foi o caso do Google Video. Em situações como essa, o Google opta por comprar iniciativas de sucesso, como o YouTube, que lhe garantiu a liderança no segmento de vídeos on-line e impediu que seus concorrentes ganhassem força”, continuou. Com possibilidade de investimento, a gigante adotou um novo lema: quando não sabe fazer algo, compra uma boa idéia. Daí as aquisições do YouTube, do programa Writely (atual Google Docs) e do Earth Viewer (atual Google Earth). O crescimento, obviamente, não agrada a todos. Quando oferece gratuitamente documentos on-line para textos e planilhas, por exemplo, o Google provoca diretamente a gigante Microsoft, que obtém lucros com a venda de programas parecidos. No contra-ataque, a empresa de Bill Gates passou a fortalecer seus serviços de internet, dar mais atenção às buscas virtuais e também a integrar suas ferramentas com o Windows Live. Nessa batalha, a fronteira de área de atuação entre as duas organizações tornou-se menos clara: o Google começou a investir mais na oferta de software, enquanto a Microsoft fez o mesmo com os serviços de internet.
Liderança
Demi Getschko, especialista em internet e professor de computação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), afirma que a centralização de serviços na internet é uma tendência. “Outras empresas fazem o mesmo, mas o Google conseguiu enxergar isso mais rapidamente, talvez por ser uma organização que já tenha nascido na internet”, acredita. Essa onda ganhou força quando percebeu-se a vantagem de os usuários realizarem muitas de suas atividades on-line, como escrever textos, tratar fotos e armazenar documentos. Se o gigante das buscas vai manter sua liderança e conquistar mais usuários para outros de seus serviços, é algo difícil de prever. Segundo Magalhães, o Google atualmente parece ser a empresa dominante, mas é impossível saber como essa história vai terminar. “A internet sempre traz surpresas. Monopólio ou não, dominante ou não, só conseguirá se manter a empresa que for boa no que faz e conseguir ser lucrativa a longo prazo. Em outras palavras, só depende do cliente.” Com o rápido crescimento, a companhia corre alguns riscos. Um deles é o fato de ela ganhar mercado dos concorrentes, o que coloca o Google na mira de outros gigantes, como Microsoft e Yahoo!. Por estar no centro das atenções, a empresa também deve ter muito cuidado ao gerenciar seus serviços -- o YouTube, por exemplo, já sofreu processos por divulgar o vídeo da modelo Daniella Cicarelli e vive sob a ameaça daqueles que protegem os direitos autorais. Ao ganhar ares de empresa grande -- que devem ceder a algumas pressões --, é possível que parte da audiência do Google migre para serviços mais alternativos e menos opressores, nos quais o controle é menor. Além disso, tem o alerta de David Vise, o autor do livro sobre a companhia: “O Google encara o risco da arrogância, que pode ser motivada por seu extraordinário sucesso. Por isso, a empresa deve ter cuidado e evitar voar muito perto do sol, para não se queimar e cair, como já aconteceu com outras organizações”. Recado de quem escreve há anos sobre o mercado de tecnologia.

Juliana Carpanez Do G1, http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,MUL10139-6174,00.html

Noticiário Robotizado

Rebeca Montenegro

O projeto Google News foi desenvolvido nos Estados Unidos e produzido inteiramente por computadores, sem participação humana.Quando o projeto foi lançado em setembro de 2002 houve uma enorme polêmica nos Estados Unidos sobre as conseqüências que o Google News teria para a imprensa em geral, e os jornalistas em particular. Na época foram feitas previsões apocalípticas, como a substituição gradual dos jornalistas por robôs, mas nenhuma delas se consumou, até agora.A sacada do Google foi desenvolver um mecanismo que garimpa, hierarquiza e publica notícias produzidas por jornalistas de carne e osso em jornais, revistas, agências de noticias, sites jornalísticos, noticiários de televisão e rádio.O sistema eletrônico desenvolvido pela empresa Google varre continuamente cerca de 200 publicações em português, no Brasil e em Portugal. O material recolhido é posteriormente processado e separado conforme a sua origem e tema para formar as edições brasileira e lusitana.O Google News na verdade é um mecanismo chamado "agregador", ou seja, ele usa o trabalho de outros para desenvolver um produto novo. E neste caso, sem o trabalho de centenas de jornalistas de carne e osso, os robôs também ficariam sem emprego.Diferença visívelA comparação do Google News versão brasileira com as páginas noticiosas dos principais jornais do país – durante o fim de semana 19-20/11 – deixou claras as principais debilidades do noticiário robotizado. Às 18h30 do domingo, os sites da Folha, Globo e Estadão já tinham em manchete principal o resultado do jogo entre Internacional e Corinthians, enquanto o Google News sequer mencionava o jogo.Os robôs preferiram destacar a vitória, no sábado, do vôlei feminino brasileiro sobre a Coréia do Sul, o empate do São Caetano com o Atlético Paranaense e a derrota do Payssandu para o Vasco. Às 20h de domingo, quem visitasse o Google News brasileiro não saberia o resultado da partida ocorrida no Pacaembu, encerrada uma hora e meia antes.Outro contraste claro: no mesmo corte de noticiário realizado às 18h30 de domingo, o Google News foi o único site a destacar a decisão de 58 familiares do terrorista jordaniano Abu Musab al-Zarqawi de condená-lo pelo atentado da semana passada em Aman, que matou 60 pessoas. Versões web da Folha, Estado e Globo não incluíram a notícia entre as quatro principais manchetes de suas edições no mesmo horário. O Google também foi o único a colocar a abertura dos arquivos da ditadura militar como a segunda manchete mais importante, no horário.Fora o noticiário esportivo, as manchetes do Globo Online eram o recorde de bilheteria do novo filme sobre Harry Potter, a decisão da Casa Branca de escolher o Brasil como parceiro econômico privilegiado. Já a Folha Online destacou os planos para a reeleição de Lula e a guerra dentro do PSDB para a escolha do candidato presidencial do partido, enquanto ao site da Agência Estado trazia as seguintes manchetes: "CPI vai indiciar Buratti e Waldomiro" e "PT prepara reeleição de Lula".A visível diferença de critérios na escolha de manchetes reflete a diversidade de opções feitas por cada página. Os grandes veículos escolhem suas manchetes em função da atualidade, agenda política e linha editorial da empresa. Já o Google News seleciona os temas mais importantes com base na freqüência e relevância que a matéria mereceu nos sites pesquisados.Números de audiênciaO material básico do Google News vem de fontes conhecidas como Agência Estado, Folha Online, Globo Online e Radiobrás, que têm estrutura própria para coberturas jornalísticas, mas o destaque de sua página principal acaba sendo influenciado pelas opções editoriais de veículos do interior do Brasil – como Costa Rica News (de uma cidade de 16 mil habitantes no Mato Grosso do Sul) , Jornal de Piracicaba, No Olhar (vinculado ao jornal O Povo, de Fortaleza), Diário da Serra (editado em Tangará da Serra, Mato Grosso) ou Bonde News (de Londrina, Paraná).A empresa Google afirma que o critério de seleção de assuntos adotado em todas as suas edições em todo o mundo respeita a diversidade de políticas editoriais adotadas pelos diferentes veículos monitorados, sendo esta a razão pela qual as manchetes são tão diferentes.Em parte isto é verdadeiro, porque as preferências de editores regionais, como o do Amazônia Jornal , acabaram levando a condenação familiar do terrorista Abu Musab al-Zarqawi a ocupar o alto da página do Google News, coisa que não aconteceria se a seleção fosse feita apenas com base nos grandes jornais do eixo Rio-São Paulo-Brasília, que deram pouca importância ao assunto.Em compensação, a diversidade temática acaba seriamente comprometida pelo fato de quase todos os veículos pesquisados se alimentarem das mesmas fontes em matéria de noticiário internacional e nacional. O enfoque e a contextualização das informações acabam sendo os mesmos, e principalmente, da Folha de S.Paulo, O Globo, Estado de S.Paulo, Valor Econômico e das agências internacionais.O Google News é o primeiro no Brasil na linha do noticiário automático, mas o sistema já tem pelo menos três outros seguidores em todo o mundo: o Topix, o Newsbot e o Kify News.O Google News em inglês tem uma audiência global de pouco menos de 7 milhões de visitantes únicos por mês, segundo o Instituto Nielsen/Net Ratings, em medição feita em julho de 2005. É mais do dobro da audiência do Topix no mesmo período, mas fica muito abaixo dos 23 milhões de visitantes únicos do Yahoo News (que não é automático).

Por Carlos Castilho em 22/11/2005, Observatório da Imprensa